sábado, 26 de novembro de 2011

Mutação genética produz ilhotas pancreáticas de alta eficácia metabólica

Pesquisadores do Hospital Regional Universitário Carlos Haja, em Málaga (Espanha), identificaram a mutação que estimula as ilhotas
Uma equipe de pesquisadores do Hospital Regional Universitário Carlos Haja, em Málaga na Espanha, conseguiu identificar uma mutação genética que ativa a enzima glucoquinase e produz ilhotas pancreáticas de alta eficácia metabólica. A pesquisa, coordenada pelo endocrinologista Antonio Luis Cuesta, aponta um futuro promissor no combate ao diabetes.
A glucoquinase regula a secreção de insulina e se encarrega de manter níveis de glicose normais no sangue. As hipoglicemias severas (níveis muito baixos ou críticos de açúcar no sangue) acontecem quando esta enzima se ativa acima de seu nível normal e produz uma secreção constante de insulina.
Uma menina que nasceu com este problema teve 98% do pâncreas extirpado e há 11 anos vive com apenas cerca de 20 mil ilhotas pancreáticas, de aproximadamente um milhão que um pâncreas inteiro possui. No entanto, estas ilhotas são maiores, têm a capacidade de proliferar e sua eficácia é muito alta.
Estudando este e outros dois casos similares, os pesquisadores tentam reproduzir estas ilhotas no laboratório para incluir, mediante engenharia genética, essa mutação no pâncreas de um doador.
Atualmente, para realizar um transplante de ilhotas em um diabético são necessários dois doadores, dos quais é preciso extrair cerca de 600 mil ilhotas, explica o doutor Cuesta. "Mas com o que nós tentamos reproduzir, com um pâncreas poderíamos tratar um mínimo de cinco pacientes", ressalta.
Estes pacientes poderão viver pelo menos durante cinco anos sem ter que injetar insulina, diz o especialista. A pesquisa ainda se encontra em fase inicial, mas "os primeiros passos são muito promissórios", destaca o endocrinologista.

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