A ciência está fechando o cerco ao distúrbio que atormenta mais de 240 milhões de pessoas mundo afora. Células-tronco, vacinas e novos medicamentos abrem perspectivas de botar um ponto final no tipo 1 da doença e aumentar o controle sobre o tipo 2, aquele que a cada dia afeta mais gente.
As principais linhas de pesquisa atuais concentram esforços na regeneração das ilhotas de langerhans - as células pancreáticas que produzem insulina. Como a diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, o próprio sistema imunológico destrói as ilhotas, por fatores ainda desconhecidos. Uma vez regeneradas essas células, o diabético passaria a produzir a própria insulina novamente, livrando-se das agulhadas diárias.
Algumas das maneiras nas quais os cientistas tentam essa restauração:
. Transplante de Ilhotas, onde um indivíduo transplanta para o paciente diabético ilhotas saudáveis.
. Regeneração de Ilhotas através de células tronco
. Regeneração do pâncreas através da vacina BCG
Enquanto não conseguem a restauração do pâncreas e a reativação da produção de insulina, outras pesquisas tentam remediar a dependência de insulina e controle dos níveis de glicose, como por exemplo:
. Reversão do processo de destruição do pâncreas, corrigindo o funcionamento do sistema imunológico, freando assim o auto-ataque ao pâncreas;
. Implante de pâncreas artificial;
. Bloqueio do hormônio glucagon, evitando as altas de glicose e fazendo da diabetes uma doença assintomática.
. Insulinas inteligentes, que ativam seu efeito somente quando a glicose está acima dos níveis normais, evitando assim as hiperglicemias e hipoglicemias.
. Canetas inteligentes de aplicação de insulina, que não utilizam agulhas, mas sim ar comprimido e outras tecnologias.
. Insulinas que funcionam por dias, semanas e até meses.
. Medição da glicemia através de luz infra-vermelho, canais lacrimais e outras vias que não desconfortável punção (furo) na ponta do dedo.
Enquanto isso tudo é desenvolvido, a população diabética aguarda ansiosa por novos resultados, sempre procurando controlar os níveis glicêmicos e preservando o corpo dos efeitos devastadores das altas taxas de glicose.